Antes de partirmos para as regras de publicidade da área médica, vale a pena entender o porquê esse segmento deve cumprir tantas recomendações e limitações em relação ao marketing, seja para consultórios ou para serviços de atendimento médico domiciliar.
Bem, estamos lidando com a área da saúde. Justamente por isso, vamos acabar nos deparando com questões muito delicadas, que impactam diretamente a vida das pessoas.
Ou seja, não estamos falando simplesmente de informações sobre um produto ou serviço que desejamos vender. Muitas vezes, estamos lidando com pessoas que passam por condições muito graves, além de tratar de conteúdos que impactam diretamente a vida dos pacientes.
Daí o porquê ter uma preocupação grande com a publicidade é algo imprescindível. Uma simples informação incorreta sobre a
manutenção em hospitais, por exemplo, pode gerar pânico e prejudicar o bem-estar do público.
Já que fazer marketing médico é algo que demanda muita responsabilidade, a melhor coisa a se fazer é contratar uma agência especializada para o trabalho. Dessa maneira, você corre menos risco de “pisar na bola” e ser repreendido pelo CFM.
Hoje em dia, é possível encontrar diversas agências que realizam esse tipo de serviço. Além da produção de material publicitário, essas empresas também se preocupam em criar uma identidade visual, elaborando uma
agenda personalizada logo, por exemplo.
Fora que essas agências não deixam nada passar. Todas as campanhas são pensadas estrategicamente, não só para cumprir as recomendações do CFM, mas também para atrair os pacientes, posicionar o seu consultório como uma autoridade e ter reconhecimento no mercado.
Ou seja, os benefícios são inúmeros!
Dito isso, está na hora de conhecer as principais proibições e limitações do CFM. É importante que você saiba quais são elas, para não correr o risco de divulgar o seu trabalho de modo errado - seja com uma camiseta personalizada com logo ou um conteúdo online.
É expressamente proibido divulgar fotos de antes e depois de qualquer procedimento, mesmo com autorização do paciente.
Além de ser considerada uma propaganda enganosa, é preciso compreender que os resultados podem variar de paciente para paciente, já que cada ser humano é único.
Por esse motivo, ao expor esse tipo de foto, você pode induzir uma percepção errônea sobre o resultado final.
Essa é uma determinação que nem todo mundo presta atenção na publicidade médica. Mas em situações de trabalho e atendimento, os médicos são proibidos de tirar selfies, uma vez que isso quebra o anonimato e a privacidade do paciente.
Então, mesmo que você queira exibir uma linda
sacola de tecido personalizada que você ganhou de um paciente, deixe para tirar a foto após o expediente.
O CFM permite que as instituições de saúde, como clínicas, hospitais, consultórios e laboratórios, possam divulgar fotos de seus equipamentos.
No entanto, esse conteúdo não pode ser usado para justificar a garantia ou sucesso de um determinado tratamento.
Portanto, você pode divulgar a foto do
carrinho de limpeza hospitalar completo, mas não dizer que ele é o responsável pela eficiência de uma cirurgia, por exemplo.
Um dos grandes trunfos do marketing médico é a possibilidade de compartilhar informações relevantes sobre a área. Inclusive, essa é uma prática recomendada pelo CFM.
No entanto, o conteúdo divulgado deve sempre ter um embasamento científico comprovado. Caso contrário, o compartilhamento de qualquer informação que não tenha reconhecimento é expressamente proibido.
Não basta ter um
carimbo empresa para essa comprovação. A comunidade científica e de saúde precisa também reconhecer o conteúdo. Portanto, cuidado ao divulgar tratamentos experienciais e testes sem base científica!
Os médicos podem participar de conteúdo jornalístico na imprensa, seja na rádio, mídia impressa, televisão ou internet (redes sociais, websites, blogs, etc). No entanto, o conteúdo deve ter caráter exclusivamente informativo e educativo.
Ou seja, o objetivo é orientar e esclarecer o público quanto às questões médicas, sempre com informações cientificamente comprovadas e de interesse.
Além do mais, o médico deve ser identificado com o nome completo, registro profissional e a sua especialidade junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM). Se estiver falando em nome de uma organização, o cargo também deve ser exposto.
De maneira nenhuma, o médico deve usar a sua participação na mídia para se autopromover ou divulgar a venda de um produto/serviço.
Além das recomendações e regras acima, o CFM também proíbe uma série de outras divulgações em relação ao marketing e publicidade. De acordo com o Conselho, é proibido:
Apesar das proibições, o marketing e a publicidade na área médica podem aproveitar a estratégia de produção de conteúdo relevante para alcançar seus objetivos de divulgação.
Aliás, o marketing de conteúdo é uma das melhores maneiras de se portar como autoridade no mercado e, desse modo, conquistar o reconhecimento.
Segundo o “Manual de Publicidade Médica” (Resolução CFM no 1.974/110), não há punições delimitadas aos médicos que, porventura, possam descumprir as regras relacionadas à propaganda e ao marketing médico.
Contudo, conforme determinação do próprio documento, o CRM irá manter uma Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame), composta por três membros, que irá responder às dúvidas dos médicos a respeito das regras de publicidade.
Além disso, a Comissão irá fiscalizar as irregularidades e investigar possíveis denúncias que possam surgir a esse respeito.
A Codame também irá convocar os médicos e pessoas jurídicas envolvidas, ao tomar conhecimento de qualquer descumprimento das normas éticas, além de determinar a suspensão do anúncio.
Caso a Codame ache necessário, é possível instaurar uma sindicância quando julgar procedente, inclusive no concerne às violações do Código de Ética Médica. Essa tramitação não pode ultrapassar 60 dias.
Percebe-se que o objetivo da Codame é orientar, não punir. Por esse motivo, o CFM promove diversos encontros que visam justamente conscientizar os médicos acerca das melhores maneiras de elaborar campanhas publicitárias.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) é especialmente rígido no que diz respeito ao marketing médico e às questões de publicidade. Afinal de contas, estamos lidando com informações sobre a saúde de pacientes, um bem extremamente precioso.
O artigo de hoje buscou trazer algumas das principais regras de publicidade para médicos, além de recomendações quanto a melhor forma de investir em propaganda.
Aliás, vale ressaltar a importância de buscar por uma agência especializada, a fim de evitar quaisquer falhas e descumprimentos da norma. Hoje em dia, dá para encontrar ótimas empresas, que realizam excelentes campanhas de marketing médico.
Com isso, você poderá iniciar a divulgação do seu trabalho, mantendo a Ética e o respeito com os seus pacientes!
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog
Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
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